Um corpo e um equilíbrio

O texto um corpo em equilíbrio aborda a influência da moral social e do capitalismo na neurose individual, defendendo a autoavaliação e a integração entre perspectivas materialistas e espiritualistas para entender e enfrentar as tensões internas e sociais.

Gabriel Ribeiro

9/9/20242 min read

É prudente e, um aspecto de saúde para o próprio corpo, que o mesmo consiga autoavaliar aquilo que a moral social tenta lhe impor. Muito do que foi introduzido em sua neurose, vem dessa influência moral. O fator externo vai invadindo o corpo do indivíduo de maneira avassaladora. O propaganda na TV acentua esse progresso neurótico. A sociedade reproduz esse discurso. A família atua como aquela "instituição a serviço do capitalismo", ou seja, pressiona mais ainda este corpo a ser o que o "inconsciente coletivo" vem retroalimentando, principalmente, diante dessas expansões mercantis. Portanto, companheiros e companheiras, que tanto precisam, a todo instante, lutar contra os seus "demônios" internos, sugiro que olhem para dentro de si, mergulhe em seu próprio oceano, na medida que for descendo em suas profundezas, adicione equipamentos de mergulho para lhe trazer serenidade perante tal atividade. Mergulhar em si, nadar sem medo, para depois ir comprendendo não só as suas neuroses, mas também encaixar esta peça de quebra-cabeça com as de seus semelhantes. O capitalismo só quer que nos preocupemos com os nossos bens materiais. A nós, atentos, que percebemos que não somos "fracos" como os liberais (economicamente falando), querem nos impor, por conta da nossa caminhada que, não coloca a busca pelo dinheiro, acima da dignidade do outro. E parte da Psicologia Moderna contribui para que o indivíduo que está atordoado com sua neurose, se recomponha, para ser um indivíduo "comportado" socialmente. Energias acumuladas geram tensões para o corpo, o mesmo vai sentindo dores, a mente começa a ter barulhos de espíritos estranhos. As alucinações se tornam reais - na perspectiva de Jung - e a matéria por si só, já não basta para explicar tal existência humana. É a matéria quem faz uma ação. Mas dentro de nossa psique não existe somente aquilo que é visível. Um espírito nazista de Hitler há de estar vagando por aí, sendo reproduzido em grande quantidade. Só pela ótica materialista, não creio ser potente explicar tal fenômeno. E veja você, aqui não se encontra uma provocação dicotômica entre: ser materialista e ser espiritualista. De forma alguma, na verdade, quero apontar o que considero sofisticado, que é esta ponte-acesso-diálogo entre essas duas leituras de mundo para que possamos compreender o tamanho da encrenca que é a existência humana. Vamos com calma, estarei vindo trazendo um pouco mais dessa minha perspectiva. Um anarquista espiritualista? Não me preocupo muito com essas nomenclaturas. Mas uma coisa já afirmo: estou a percorrer pelo chão do anarquismo, enquanto anarquista, e não necessariamente uma corrente do movimento, um caminho que evidentemente, pisará em solos reais, acontecimentos mundanos, mas que estará deixando o meu chakra coronário ativo para me orientar naquilo que a minha compreensão humana não conseguir se manifestar. As respostas estão dentro da gente. Logo, coletivamente, somos mais fortes e potentes, para transformar esse mundo cheio de arma nuclear e miséria, de fome, e de espírito.

Vou seguindo, sem afobação.

Gabriel Ribeiro
À Margem